domingo, 30 de março de 2008

Crescer acreditando

Todo dia quando acordo e vou pra agência, tenho uma coisa muito clara na minha cabeça, quero que a Inovate seja uma das maiores empresas de propaganda do país. Parece megalomania ou mesmo arrogância, mas não posso lutar contra um sentimento que vem do coração, sempre pensei assim em tudo que fiz na vida, mesmo antes dos cabelos brancos que tenho hoje, e do proveitoso histórico de sucessos e fracassos.

Pensar é escolher como fazer. Tenho certeza absoluta que é um objetivo plenamente factível. Nesse exato momento, existem várias pessoas pensando a mesma coisa nas mais diversas áreas e inevitavelmente tanto eu quanto elas vamos precisar uns dos outros pra chegar lá.

É muito comum pensar que o talento e o trabalho são menos importantes que os relacionamentos, mas acredito que bons relacionamentos profissionais são construídos com talento e trabalho. Acredito que nenhum grande empresário entregaria a conta da sua empresa pra um incompetente só porque é seu amigo ou porque faz parte da família. Além disso, é bem verdade que apesar de tudo, temos sim um mercado muito competente e cheio de talentos o que torna o desafio mais divertido.

Hoje a Inovate é uma semente, carregada de DNA bom, pessoas comprometidas com o sucesso dos nossos clientes e certas de qual é o nosso papel, fazer propaganda de qualidade.

Eu e todos aqui somos, resultado do que já vivemos, das experiências que adquirimos ao longo de vários anos trabalhando e acreditando na essência da nossa profissão. Cientes do mundo em que vivemos e ávidos por novos desafios.

Só queremos como clientes empresas que pensem igual à gente, que acreditem no próprio trabalho, que sejam apaixonados pelo que fazem, que valorizem as pessoas e a inteligência, que apostem na criatividade e que acima de tudo queiram ser também o número 1.

Isso é INOVATE.

Abraço

Ricardo Fonseca

Futuridade

Hoje vivemos um tempo muito peculiar no mundo da comunicação. Tivemos, há alguns anos, uma explosão no que diz respeito ao número de agências de publicidade e profissionais de comunicação. Há bem pouco tempo, as profissões mais procuradas pela juventude podiam ser contadas nos dedos: medicina, engenharia, direito, enfim, todas as profissões que promoviam o status de “doutor”. Atualmente esse quadro mudou de forma significativa por vários motivos.

Primeiro: o aumento da competição entre as pessoas praticamente obriga a todos a ter um diploma superior, seja do que for.

Segundo: é infinitamente mais fácil se formar em publicidade ou comunicação em geral que em outros cursos.

Terceiro: o mundo “fantástico” e quase “fantasioso” da televisão e seus grandes anunciantes crivaram as profissões ligadas à comunicação com falsos brilhantes.

Quarto: em função de um mercado decadente e carente de princípios - e por que não escrúpulos? - existem possibilidades reais de incompetentes, bem relacionados, alcançarem o “sucesso”.

Quinta: os avanços tecnológicos facilitam a prática da “Comunicação” sem grandes exigências e, em muitos casos, sem sair de casa.

Sexta: viramos a primeira opção de quem não tem opção.

Sétima: hoje, em cada esquina, temos um “boteco” e uma “faculdade” e não sabemos ainda qual dos dois formam mais “profissionais”. Não existem critérios rígidos para qualificar instituições de ensino realmente prontas a capacitar profissionais éticos e habilitados a exercer a profissão.

Oitava: a velocidade das coisas nos obriga a viver sem planejamento, sem projeções, e os que se arriscam a tentar acabam atropelados. Verdadeiramente não sabemos o que pode acontecer amanhã.

Nona: olhe para trás, converse com seus avós, seus pais, leia sobre antigos pensadores e você perceberá que estamos “emburrecendo”, estamos perdendo todo o conhecimento adquirido no passado.

Décima: o imediatismo da vida e das coisas não nos permite pensar no mundo daqui a 20 anos, 50 anos, e imaginar que talvez, até lá, tenhamos conseguido exterminar uma raça que já agora está em extinção: os bons publicitários.

Poderia ficar aqui listando mais mil motivos pra esse nosso quadro atual e tenho certeza de que cada publicitário de verdade que esteja lendo este post vai se sentir motivado a mostrar sua cara, seu valor... e é isso que nós temos que fazer: lutar por separar os profissionais dos aventureiros, tentar elevar o nível do nosso dia-a-dia, da nossa luta diária e buscar o respeito e dignidade de uma profissão fundamental para o mundo que vivemos. E não deixar que o lixo da nossa profissão sufoque o brilho dos nossos artistas.

Parafraseando o Petit (DPZ): “os layouts não têm que ser modernos, as idéias sim!”


Um abraço

Ricardo Fonseca

quinta-feira, 27 de março de 2008

TV Você

Quando a televisão foi criada, poucas pessoas acreditavam no seu sucesso. Em menos de 50 anos, a TV se tornou o maior veículo de comunicação do mundo e sinônimo de grandes e milionárias empresas. Hoje estamos vivendo a chamada era da informação, em que esses grupos de comunicação que detêm o poder econômico ficaram ainda mais poderosos, servindo, de certa forma, como condutores da massa. Isso quer dizer, manipulando nossos gostos e opiniões.

Por isso mesmo, pouco interessa a eles que as pessoas tenham pensamento crítico. Quanto mais “massa” formos, mais fácil comandar e manipular. Vemos isso muito claramente quando somos obrigados a consumir muito “lixo cultural”, quase sempre com vida muito curta. No conceito capitalista “americano” no qual vivemos, a necessidade de consumo ultrapassa qualquer outro valor, seja ele cultural ou social.

É assim mesmo... aquele carro ou aquele tênis que você adorava, há 10 anos, é absolutamente ridículo hoje. E o pior é que até você mesmo acha, até que apareça alguém na televisão e diga que é legal outra vez. Isso é um fenômeno já natural. A indústria fabrica, e nós compramos. É claro que existem casos bem mais agressivos disso, como as guerras patrocinadas pela indústria bélica, a exemplo da guerra do Vietnã e a guerra Irã x Iraque.

Hoje a situação começou a mudar e, como a 50 anos atrás, poucas pessoas estão percebendo o tamanho da revolução que está se armando. Uma revolução libertária, que se manifesta a nível global e que não possui sede ou origem. Uma revolução que está dentro de cada um de nós. A Internet é hoje um espaço totalmente democrático e incontrolável, berço de ideologias que nunca teriam espaço.

Atualmente é possível imaginar que a coisa mais valiosa do mundo, que é a informação, está, de certa forma, disponível para quem quiser. Hoje uma banda é capaz de fazer sucesso mundial sem nunca ter um contrato ou mesmo pisado em uma gravadora. Hoje é possível dizer o que você quiser, da forma que você quiser, sem nenhum tipo de censura. E ainda é possível ser ouvido do outro lado do planeta. Hoje qualquer descoberta, seja ela útil ou não, pode ser difundida mundialmente em questão de segundos.

Em bem pouco tempo, estaremos vivendo uma época em que a qualidade da informação e as afinidades ideológicas é que unirão as pessoas. E, não, a limitação ou o autoritarismo econômico. O importante é que isso é uma revolução humana. Não apenas uma revolução tecnológica. O direito de ter o próprio gosto, a própria fé, os próprios valores é uma revolução libertária.

Essa realidade bate à nossa porta, ou melhor, arromba as portas da percepção.

Espero viver para ver cada pessoa do mundo com seu próprio canal de televisão... para que possamos assistir a quem a gente quiser...


P.S: Essa coluna também foi escrita em 2005.
O youtube anunciou recentemente que iniciará transmissões ao vivo. Alguém duvida?

Abraços

Ricardo Fonseca

terça-feira, 18 de março de 2008

Novos desafios

Cada novo cliente, um novo desafio. Por tanto, temos que comemorar e trabalhar bastante para justificar a confiança depositada em nossa equipe.

Últimas conquistas.

Óptica Centro Visão (Somos a agência deles)
Intermedium - (Varejo)
Usina Digital (Distribuidora de Filmes)
Serras da Desordem (site oficial do filme)
Construtora Artema (identidade visual)

E vem muito mais por ai. Em breve mais novidades.

Abraços

Ricardo Fonseca

Socorro, o professor sumiu - 03/2008

Escrevi essa coluna em Novembro de 2005, apesar de algumas nítidas melhorias, ainda acho que a educação seja um ponto fundamental para o nosso fortalecimento como nação e acredito que em face a outros setores temos avançado muito lentamente. Continuo acreditando que o nosso compromisso com as gerações futuras e com o futuro do nosso país passa por não nos acomodarmos.

Coluna na íntegra: Publicada em 18 de novembro de 2005

Uma discussão muito atual é a informatização das escolas e a utilização da Internet como ferramenta pedagógica. Muito bem, como a maioria das pessoas, eu também sou a favor e imagino que seria muito melhor que, em cada escola do Brasil, os alunos pudessem ter acesso à tecnologia e, principalmente, à rede mundial de computadores. Mesmo porque, se imaginarmos uma aula de geografia com o auxílio da Internet - ou mesmo uma aula de história, matemática, com a utilização de vários recursos multimídia -, estaríamos falando de uma gama muito maior de informações e, com certeza, uma maior participação por parte dos alunos.

Então eu me pergunto: por que não? Por que estamos tão atrasados? A primeira resposta que me vem à cabeça é a falta de recursos e de políticas públicas etc. Essas justificativas que a gente sempre dá para quase todas as coisas que, de certa forma, não andam bem. No entanto, como sempre me interessei pelo assunto, procurei saber um pouco mais sobre o que acontece na realidade.

Para minha surpresa, descobri uma coisa que, com certeza, vai “chocar” a maioria de vocês. Pasmem!!! O principal obstáculo para a implantação mais eficaz desse modelo de ensino vem dos próprios educadores!!! Isso mesmo!!! Os próprios professores e profissionais de educação, que não estão preparados para utilizar a tecnologia como ferramenta pedagógica!!! Cheguei a ver a entrevista de uma professora que dava aulas em uma escola-modelo. Lá, em cada carteira, havia um computador conectado à Internet, mas todos ficavam desligados durante toda a aula e só eram liberados nos intervalos.

A entrevistada dizia que ela, como educadora, não poderia usar tal ferramenta por total desconhecimento de como fazê-lo. Fiquei vendo aquela mulher e imaginando a minha mãe - que por sinal é pedagoga formada - dizendo pra mim: “eu não sei nem ligar esse trem de computador”. Ou mesmo meu pai, que, além de advogado, é administrador formado e utiliza o computador só pra jogar paciência... e, mesmo assim, perde a paciência. Ao ver isso, me deu a luz. Entendi o que isso queria dizer. Aposto que, naquela sala de aula com cerca de 50 alunos, a pessoa menos indicada para ser a professora estava lá, em pé, diante daquelas 50 cabeças ávidas por informação e trazendo com elas a realidade de um mundo com celular, Internet, satélites etc.

Imagino que essa professora não ligou os computadores com medo de acabar “tomando uma aula” de seus próprios alunos ou mesmo ser questionada por algum intrépido aluno: “professora, você tem Orkut?” Imaginei também todos os meus antigos professores, imaginei cada professor desse país olhando para aquela caixa “do diabo” e pensando que aquilo ensinava mais que ele e que aceitar aquilo seria decretar o fim da sua existência.
Por isso, hoje, mudei a minha tática. Acho que não podemos esquecer disso, antes de pensar em encher nossas escolas de computadores. Precisamos encher de professores capacitados, de gente preparada para usar essa ferramenta. Não tenho dúvidas de que isso é o futuro. Mas o mundo mudou muito e é até capaz que a gente ainda veja uma sala de aula com 50 professoras e um “menino” de “mouse” na mão ensinando o doublé-click.


Abraços

Ricardo Fonseca

Inovadores


Pela Ordem, Ricardo Fonseca, Rodrigo Hiram, Diana Serpa, Bruno Gressi.

Cada um tem uma história interressante pra contar, cada um percorreu um caminho diferente, mas a confiança, as afinidades, o destino e principalmente a mesma forma de pensar o futuro, nos uniu nessa missão de sermos a cada dia pessoas melhores e através do nosso trabalho transformar o mundo em um lugar melhor pra se viver.

Acreditamos na eterna capacidade humana de ser surpreendente.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Blog INOVATE

Prezados amigos, estou inaugurando hoje o que se pretende ser o blog da Inovate. Um espaço, virtual e virtuoso dedicado à reflexão e ao desafio. A idéia é compartilhar com todos as nossas idéias e as nossas experiências interpretativas diante dos fatos.

Sem regras, sem temas, sem censura... um “parlatório” para o deleite da comunicação.


Abraços

Ricardo Fonseca

2008 é o presente do passado 2007.

Bem, pra imaginar 2008 temos que olhar de lupa pra 2007.
Um ano que, como todos os outros, foi único e inesquecível.

O ano das fusões, das “engulições”, das ações, dos chineses, do Pan do Rio e não do Brasil, do Ricardo Eletro, da Vale do Rio Doce, que agora é Vale e cada vez mais vale, da Petrobrás, da Venezuela, do Paquistão, do Corinthians, do Kaká, do gás boliviano, do 1 bilhão no e-commerce de Natal no Brasil, do Lula, do Calheiros, da TV digital, do i-fone, do Playstation 3, do Homem Aranha 3, do Capitão Nascimento, do leite com soda cáustica, da TAM, da Infraero, do relaxa e goza, da CPMF, do aquecimento global, da célula-tronco, da Copa de 2014, do Bernardinho, dos terroristas, dos serial killers, do milionário aleijado assassinado (Renne Senna), do show do Saddan, do chavismo, do bushismo, do João Hélio, do Scorsese, do Sarkozy, dentre outro milhares de fatos que nem eu nem você lembramos mais. E se alguém disser que sabe o que vai acontecer em 2008… só me resta dizer… porque no te callas?

2008 está a 200 km/h. Passou muito rápido e já estamos em março, às portas do nosso processo eleitoral. Vamos ver o que vem por aí. Seja o que for, estaremos enfrentando todos os desafios com paixão e irreverência, afinal de contas fazer igual é muito chato.


Abraços

Ricardo Fonseca

Bom e novo Marketing

Estou lendo um livro muito bacana. Normalmente esse tipo de frase vem seguido de uma indicação careta, mas, neste caso não. Apenas acho que, em meio às muitas porcarias que são escritas, esse livro pode ser considerado um oásis. Estou vendo muito se falar sobre as transformações do mercado e das coisas, mas realmente acho que pouca gente tem a visão do que está acontecendo. Como todas as revoluções passadas, estamos falando de uma mudança humana, de comportamento, de idéias, de carências e, principalmente, uma resposta clara à nossa incapacidade de prever o futuro. Todas as mudanças de comportamento que naturalmente atribuímos às tecnologias estão mais ligadas aos nossos próprios medos e inseguranças.

Hoje vemos uma transferência de credibilidade. As pessoas não acreditam como antes nos grandes veículos de comunicação. Depois de tantas decepções, as pessoas estão buscando fontes mais confiáveis de conteúdo. Pensem comigo, eu vejo uma propaganda linda na TV ou no jornal, feita com toda técnica para me encantar, eu me convenço de que não posso viver sem aquele produto. Na primeira oportunidade que tenho, satisfaço meu desejo de forma emocional e compro. Pronto, a partir desse momento, começo a ver que fui enganado, não fiquei mais bonito, não fiquei mais rico, não me deu o prazer que esperava, as pessoas me olham da mesma forma. Resultado: começo a me sentir cada vez mais otário diante de propagandas que vendem e não entregam.

Esse é um quadro tenebroso, mas muito real abordado também com brilhantismo nesse livro que estou lendo... No entanto, o mais importante a se dizer é o que está acontecendo por trás disso tudo, uma mudança fundamental na forma com que buscamos informações mais confiáveis sobre produtos e sobre as marcas. O que percebo é que esse momento de “pseudolucidez” está criando uma outra indústria paralela. Como se estivéssemos voltando no tempo quando comprávamos tudo na base da indicação ou do relacionamento com o dono da “venda” ou do “açougue”. Baseamos tudo na confiança e, por mais que a tecnologia se desenvolva, vamos sempre confiar mais em pessoas, em amigos, em familiares, vizinhos etc...

Pois bem, não é por acaso que hoje os “blogs”, as redes sociais e as estratégias “boca a boca” (buzz marketing para os mais descolados) estão ditando o ritmo de consumo e o futuro das marcas. O que mais se fala hoje é sobre as novas formas de marketing que se alicerçam na transferência dessa credibilidade, isto é, se um amigo seu falou bem de uma marca ou comprou um carro X, isso é bem mais impactante que os “maravilhosos” comerciais de TV ou sucessivas placas de outdoor que cercam os seus caminhos. Claro que é indiscutível que as mídias de massa ainda exercem uma forte influência sobre as pessoas - e até acho que vão sempre exercer -, mas é nítido que esse modelo está em franca decadência e terão que se adaptar a esse consumidor mais crítico e criterioso.

O nosso mercado publicitário, formado, em sua maioria, por pessoas despreparadas e totalmente alienadas ao que acontece à sua volta, aos trancos e barrancos vai se modelando e, com raras, porém, deslumbrantes exceções, ressurgindo para essa nova realidade. O que me deixa confiante é que o mundo sempre foi assim, repleto de mudanças e revoluções humanas, e que, naturalmente, só sobreviverão os mais adaptáveis. Tenho certeza de que muitos capítulos ainda virão e que o marketing - que é direto, que é promocional, que é institucional, que é social, ambiental, viral, de guerrilha, de relacionamento etc - sempre será o bom e novo MARKETING.

Querem saber que livro eu estou lendo? Perguntem ao “Tunico”. Foi um presente dele que eu adorei!


Abraços

Ricardo Fonseca