segunda-feira, 27 de outubro de 2008

RH

Olá pessoal,

Hoje vou falar, brevemente, sobre a seleção de redatores que estamos fazendo aqui na agência. Vou destacar alguns pontos que me chamaram a atenção.

Primeiro: Pouca gente sabe preparar um currículo objetivo e inteligente
Segundo: Jornalista mandando currículo com erro de português. Dureza!
Terceiro: Muita gente manda o currículo no estilo se colar, colou.
Quarto: Se a vaga é pra Redator web, o mínimo que se espera é que a pessoa mostre algum interesse na área, mesmo que não tenha experiência.
Quinto: Tem tanta pós-graduação “nada haver”, que me pergunto se o foco da pessoa é mesmo o jornalismo.
Sexto: De estudante a super-herói apareceu de tudo.

Bem, estou ainda lendo currículos, mas se vale uma dica, seja objetivo, direto e fale o que tem que ser dito. É um saco selecionar pessoal ainda mais que não sou um profissional de RH. Já fiz algumas entrevistas e sempre fico com a sensação que as pessoas são bem melhores que seus currículos, mas se preocupam demais em seguir modelos fracassados.

Mas vamos lá... como em todo processo de seleção, os bons sempre se destacam. Espero fazer a escolha certa.

Grande abraço, não desistam.

Ricardo Fonseca

domingo, 5 de outubro de 2008

Comunicação direta

Não tenho dúvidas de que todos os meus clientes e prospects visitam meu site, lêem meu blog e, de forma bem direta, me avaliam a partir deles. Isso faz parte da nossa realidade conectada.

Outro dia, estava numa loja de móveis, escolhendo o mobiliário da nova sede da Inovate. Quando fomos fechar o negócio, partimos pra tradicional "pechinchada" e, ao falarmos o desconto que queríamos, o vendedor disse: "Entrei no site de vocês. Pelos clientes que vocês atendem, não estão precisando de desconto. Pede pro fulano que ele paga pra vocês", e citou o nome do conhecido dono de uma das empresas que atendemos. Minha reação inicial foi rir e levar na brincadeira...

Mas, se um fornecedor entrou no meu site pra avaliar minha capacidade de investimento, imagina um cliente? Não tenho dúvidas de que hoje as empresas têm obrigação de estabelecer uma comunicação direta com seus clientes. Não existe mais a dependência da mídia ou dos veículos de imprensa. O seu cliente está de olho em você. Antes de te consumir, ele procura saber quem você é. Ele está cada vez mais criterioso e mais ávido por informações complementares. Grandes empresas já se ligaram para a necessidade dos "New Release", que são releases escritos diretamente para os clientes, diferentes dos "Press Releases", que normalmente são enviados para a imprensa.

Você já viu empresa de publicidade preocupada com isso??? A Inovate acredita e vive a transformação. Quero que nossos clientes e futuros clientes entendam qual é a nossa forma de ver o mercado e, principalmente, venham trabalhar com a gente.

Se você é empresário, diretor de marketing ou Internet e acredita em tudo que está escrito nesse blog, marque uma reunião com a gente! Tenho certeza de que podemos, juntos, encontrar caminhos eficientes pra ajudá-lo nos seus desafios.

Um mercado competitivo como o nosso exige das empresas um olhar diferente. Ações ousadas e fora do convencional se destacam e trazem retorno imediato. As novas tecnologias estão aí para serem exploradas. Como diz um profundo provérbio chinês de Minas: “Quem chega primeiro bebe água limpa.”

Ricardo Fonseca

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Contratações

A Equipe da Inovate está reforçada.

Essa semana foram contratados 3 novos profissionais.

Guilherme Medeiros (web)
Rodrigo Rezende (web)
Lucas (Arte-finalista)

A Inovate está sempre procurando gente nova e talentosa para manter sua equipe atualizada. Além dessas 3 contratações ainda estamos em busca de um Programador (PhP, Java, Ajax) e de um jornalista web (Arquitetura de informação e Administração de conteúdo).

Para trabalhar na Inovate você precisa acreditar em si mesmo, ser ousado, curioso e principalmente querer dominar o mundo.

Ricardo Fonseca

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

140 Milhões

TV? Jornal? Revistas?

Se você acha que isso é mídia de massa, está muito enganado.

Segundo dados divulgados no evento Digital Age, que começou ontem, em São Paulo, já chega a 140 milhões de usuários/consumidores o mercado de celulares brasileiro.

Então te pergunto, seja você publicitário ou empresário: o que você está fazendo a respeito?

A discussão gira em torno do aparente descaso das agências, que continuam apostando em velhos modelos. Como critica meu amigo Eduardo Forbes, "se a coisa está difícil, melhor mesmo é partir para as soluções mágicas: criança, bicho e humor." (blog do Eduardo Forbes - http://ffwd.zip.net/)

Eu realmente não entendo como uma agência tem coragem de montar qualquer plano de mídia e deixar de fora a Internet ou o mobile marketing. Só pode ser velhice....

Veja a declaração do vice-presidente da Unilever nesse mesmo evento, publicado no Blue Bus: o painel 'A quarta tela' ouviu de Orlando Lopes, vice-presidente da Unilever, que "não podemos desperdiçar 140 milhões de pessoas". E que "estamos extremamente ansiosos para explorar a publicidade móvel".

Lopes admitiu também sua "angústia" diante da aparente falta de iniciativa "tanto de agências quanto de operadoras com relação ao investimento nesse tipo de mídia". Ele vê o potencial como "fantástico" e lamenta que o mercado ainda não tenha conseguido identificar formas viáveis de atender as oportunidades.

Eu me sinto obrigado, diante de uma declaração desta, a preparar um tremendo projeto de moblile marketing para a Unilever. Vou começar a trabalhar nisso hoje mesmo.

Quem quiser ajudar e participar, fique à vontade!

Dos desafios, das insatisfações, nascem as transformações. Achar que, pra ganhar dinheiro e fazer sucesso na publicidade, tem que fazer TV, jornal e revista... É o verdadeiro "Ensaio sobre a cegueira"!

Ricardo Fonseca

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Água para viver

Estava voltando de Brasília pensando no meu próximo post, pensava em falar sobre Blogs, redes sociais, virais etc... Estava com a cabeça a mil, meu celular não parava de tocar ou avisar que mais um e-mail ou mensagem havia chegado. Nada fora do comum.

Derrepente minha vizinha de cadeira começa a puxar conversa, normalmente gosto de conversar em viagens, sempre conhecemos pessoas diferentes e interessantes e nessa não foi diferente. Conheci a Vilma (se não me falha a memória), carioca moradora de Brasília a milhões de anos. Conversa vai e vem e fiquei sabendo que Vilma trabalha no ministério da Saúde e que estava vindo para BH, desenvolver um laboratório sobre a qualidade da água. Conversamos muito sobre as coisas em geral, mas o tema central foi a água. Acho que durante muitos anos vivemos um total descaso com o nosso meio ambiente e tal como vários problemas declaramos como uma coisa distante e sem impactos imediatos. De "Seu Jorge" a Al Gore passando pela Vilma fica claro perceber como o mundo está mudando... e tenho que fazer minha parte nesse processo de mobilização. Não faço o discurso "Salve o Planeta", o meu discurso é "Salve a sua vida".

Obrigado Vilma pelo exemplo. E quanto ao seu filho que está em dúvida se faz Direito ou Publicidade, tomara que faça publicidade e ajude a mobilizar as pessoas.

Ricardo Fonseca

domingo, 21 de setembro de 2008

As novas Metrópoles

Hoje é muito comum ouvirmos que a globalização tem derrubado fronteiras e aproximado os continentes, é cada vez mais real o crescimento de empresas com atuação mundial. O acesso à informação e a facilidade de distribuição tem rapidamente ditado o crescimento de novos mercados e dando-nos essa noção de que o mundo tem encolhido.

Um fenômeno muito interessante que tenho notado é o fortalecimento da geografia dos mercados de nicho. Quando uma empresa pretende encontrar seus clientes potenciais acaba percebendo que a localização geográfica desses clientes passa a ser irrelevante, e esses clientes que possuem afinidades ou preferências se entendem cada vez mais como uma tribo, um grupo, um nicho. Hoje temos verdadeiras metrópoles comportamentais. Se você parar pra pensar e imaginar o número de pessoas que gostam de JAZZ ao redor do mundo, com certeza verá uma metrópole; bem diferente do conceito de que o JAZZ não é um estilo comercial. Hoje é. Pensar em conceitos como calda longa e marketing viral, ilustram de maneira brilhante os novos tempos, hoje a verdadeira pátria é conceitual.

As marcas que hoje se esforçam pra estar cada vez mais próximas dos seus clientes precisam enxergar essa nova realidade onde uma bandeira ou um produto podem colocar lado a lado pessoas dos quatro cantos do mundo. A verdadeira pangéia.

Sites como youtube, my space entre outros são exemplos vivos disso. Os tempos difíceis enfrentados pela economia americana mostram o fim de um ciclo e o nascimento dessa nova ordem mundial onde a descentralização e a pulverização do mercado exigem uma visão mais ampla e respeitadora da individualidade de cada consumidor.

Veremos as cenas dos próximos capítulos...

Ricardo Fonseca

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Trabalho

Pessoal,

A Inovate está contratando...

Abrimos 3 vagas.

Arte-finalista
Web design
Programador HTML / Flash

Estamos recebendo os curriculos e marcando as entrevistas.

Abraços

Ricardo Fonseca

Entendendo o Blog

Olá Amigos,

Depois de alguns meses sem postar no blog, voltei.

Quando comecei a escrever o blog, estava muito motivado e cheio de idéias, com o passar do tempo fui me sentindo sozinho, comecei a achar que ninguém lia o blog. Afinal, não recebia comentários e de fato ninguém comentava nada, nem mesmo as tradicionais críticas eu recebia.

A partir desse momento resolvi entender melhor como funcionava esse mecanismo, virei um rato de blog, vivia entrando em vários blogs, comentando e conversando com seus fundadores. Comecei a ver detalhes muito interessantes, que de certa forma caracterizavam os blogs de maior sucesso. Estou cada vez mais fascinado com esse universo e entendendo a razão para eu continuar com o meu blog.

Pois bem, hoje estou voltando a escrever no blog porque a Inovate tem muita coisa pra contar.

Um grande abraço.

Ricardo Fonseca

terça-feira, 8 de abril de 2008

Publicidade de qualidade

Para definirmos o que é publicidade de qualidade, temos que entender, primeiro, qual é a função da publicidade. Quando um cliente busca uma agência, normalmente a conversa começa pela necessidade de vender mais, conquistar novos clientes ou posicionar uma marca. Poderíamos resumir tudo dizendo que a publicidade precisa ser vendedora? Seja um produto, uma idéia, um comportamento ou uma marca, a publicidade precisa causar algum tipo de reação e não passar despercebida.

Temos casos incríveis de grandes comerciais, com grandes idéias, que são sempre lembrados, mas dificilmente são associados às marcas que os criaram. Outros já são tão parecidos que nunca sabemos de qual empresa foi “aquele” comercial. De qual cervejaria seria? Outro caso clássico são as propagandas de roupa. Grandes marcas no mundo inteiro fazem publicidades idênticas: uma foto de uma modelo sempre com uma cara plácida ou de deboche, com algumas roupas quase sempre sobrepostas e assinadas somente com a marca “famosa”. Assim seguem perfumes, acessórios, cosméticos etc. Algumas publicidades realmente não dizem nada; outras dizem demais. Onde estará o equilíbrio? Será que uma propaganda boa é a que se vende? Aquela que ganha milhares de prêmios? Ou a que conquista o espectador, mas não gera vendas? Ou aquela da música “chata” que não sai da sua cabeça por semanas?

Será que o segredo não está na campanha, mas na mídia atingir o espectador na hora certa, com a mensagem exata? Talvez seja essa idéia que fez com que a nossa publicidade em TV aberta hoje se resuma a 4 cervejarias e 4 Redes de lojas - e, quase de vez em quando, uma montadora. A cada intervalo, temos o mesmo tipo de publicidade só mudam as marcas. Não entendo que a venda de uma TV de plasma esteja diretamente ligada a essas propagandas. Ou será que eu estou errado? É muito engraçado ver essas propagandas; as lojas vendem os mesmos produtos, e todas têm o menor preço e cobrem a melhor oferta da concorrência. Quando vamos até as lojas, o produto de destaque sempre “já acabou” (kkkkk).

Gostaria de conhecer algum bebedor de cerveja que chega no bar e não pede a cerveja preferida, mas sim a com a melhor propaganda. O que vemos na realidade é uma luta por espaço. Talvez o mais importante seja ter uma melhor distribuição e não a melhor propaganda.

Market share: queremos ser a marca mais lembrada ou a mais vendida?

Bom e Ruim são conceitos muito subjetivos: o que é bom pra uns, não é tão bom para outros; o que funciona com um determinado público, não deve funcionar com outro. Então voltamos à pergunta inicial: a propaganda de qualidade é a que vende?

Na minha opinião, a boa propaganda é a propaganda honesta. É aquela que mostra a verdade do produto, que não tenta vender um sonho impossível. É aquela publicidade que seduz e, ao mesmo tempo, informa e não cria falsas expectativas no cliente. O segredo pra se fazer uma boa propaganda está em conhecer a fundo a empresa e o produto. E, mais que isso, conhecer o cliente e saber exatamente o que ele espera daquele produto. Com essas informações muito claras, aí tem que ser criativo, ousado, diferente. Fácil, né?!

Abraços,

Ricardo Fonseca

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Agência de Propaganda não sabe nada de internet!!

Texto publicado na internet - autor - Jonatas Abbott

Concordo com ele, e é exatamente a diferença da INOVATE.

Uau!! foi a reação dos 300 alunos de comunicação que lotaram o Top de marketing em Sala de Aula na Unisinos. Ponto para as agências digitais, mas não por muito tempo...Fiz a afirmação para provocar propositalmente, mas a reação me preocupou pela anuência geral.


Aliás já assisti discussões memoráveis e maniqueístas sobre Agências de PP X Agências Digitais. Algumas hilárias. Mas o fato é que chega a assustar a falta de conhecimento de algumas (várias?) agências de propaganda a respeito do que o meio internet pode fazer pelo marketing e pelo resultado do seu cliente.

A galera do meio digital também não ajuda. Termos como marketing digital é uma das maiores bobagens que já ouvi e repetimos isso por aí como macacos de auditório nos sentindo o máximo. Como se o marketing e a comunicação pudessem ser segmentados em OFF e ON LINE. Bobagem!!!

A diferença entre se comunicar com o seu cliente por e-mail ou por carta é o meio que deverá ser escolhido de acordo com a ocasião e o objetivo. O importante é se comunicar com o seu cliente. Uma pesquisa on line provavelmente trará resultados mais rápidos, mas ainda assim é uma pesquisa. E o foco da empresa deve ser o de fazer uma pesquisa. O meio que utilizará é uma escolha estratégica mas não o foco. Não há nada mais digital hoje do uma impressora plotter para grande formatos que as gráficas tanto usam para os clientes das agências de propaganda, mas estas não vivem por aí a descrever os processos misteriosos que fazem aquelas maravilhas que vemos na mídia exterior. O cliente quer ver o resultado e não como se faz.

Searching Marketing sozinho é um universo paralelo, que requer estudo profundo e técnica e que dá um grande resultado. Repita esta expressão dentro de uma agência de propaganda e ouvirá provavelmente um rotundo HEIN?!?!. Mas vejam que é uma das ferramentas mais inovadoras em promoção e que mais dá resultado hoje, em especial para a empresa que tem uma compra on line. E-mail marketing, SMS marketing e outros termos da era digital são ferramentas á disposição da comunicação promocional da empresa que já dão grande resultado. Mas que passam longe hoje de muitas reuniões das principais agências de propaganda do Brasil. Mas repito, os termos em si já são o primeiro e monstruoso obstáculo...

Em 2004 fiz uma reunião numa grande agência de SP. O cara da tecnologia chegou a abaixar a voz para dizer que o dono orgulhosamente adorava falar aos 4 ventos nos enormes corredores de sua maravilhosa agência que desdenhava da web. Errado? Difícil argumentar quando 90% da verba gasta pelo cliente vai para TV, Jornal e mídia externa e a web é contemplada dentro dos 10% restantes como "outros". Descoberta a America seus jovens românticos. Sim, não pensem que estes donos de grandes agências, que tem um modelo de negócio fabuloso onde intermediam espaços publicitários nos veículos a taxas fixas de comissão de 20%, são burros ou descerebrados. Não, são especialistas neste tipo de comunicação, tem equipes para lá de criativas e não ganham seus prêmios a toa. Ao contrário, enchem nosso olhos com comunicações que são verdadeiras obras de arte do design e do cinema. Sabem despertar o desejo do cliente como ninguém. E enchem o bolso de dinheiro ganhando 20% sobre milhões de dólares.

Não, as agências digitais não vão embolsar tão cedo estes milhões. Nem as agências de PP vão morrer ignorantes. Nem 8 nem 80. O fato é que as agências digitais estão prosperando num meio físico (ou virtual? bobagem!) com tecnologia que dá resultado. Websites, hot sites, e-commerce, e-mail marketing, serching marketing, pop up´s, layer´s, banner´s e etc caíram nas graças dos clientes. Ainda mais porque comparados aos custos "off line" fazem qualquer gerente de marketing dar risada. Por que não fazer? Por outro lado estamos num país em que apenas 18% da população tem acesso a um computador. Tá certo que são os 18% com mais poder aquisitivo. Mas os outros 82% tb vivem, comem, se vestem, usam celular (e muito) e até compram sabonete. Entendeu espertinho? Então pára de comparar televisão com internet e outdoor com banner, todos dão resultado...

O verdadeiro desastre está acontecendo dentro do cliente. Que sabe mais que sua agência de propaganda sobre o resultado que quer, mas ainda é mais ignorante que as agências digitais em internet. Só que, AHÁ, se as estratégias de comunicação e negócios e mesmo as campanhas brilhantes que as agências de PP criam fossem combinadas com as ações e ferramentas que as agências digitais dominam o resultado do cliente seria geometricamente superior. Em milhões. E está sendo para quem justamente está conseguindo este verdadeiro feito. Porque de fato o que todo mundo sabe e é o que mais acontece para 10 entre cada 10 empresas é que ela se vê obrigada a contratar 2 agências hoje. Uma digital e uma de propaganda. Não haveria mal nenhum nisso se as competências fossem realmente separadas. Não são. Ambas tratam da comunicação da empresa com o mercado. Se as maneiras de se comunicar diferem radicalmente por causa da mídia (ou meio) o conteúdo é o mesmo, o foco é o mesmo e o resultado que se quer definitivamente é o mesmo.

Mas além de falarem línguas diferentes as agências também não se falam. Nem mesmo fazem muita questão. De fato cada uma delas invade um pouco o espaço da outra. Cada vez mais. Várias agências de PP criaram seus núcleos on line e avançaram da Idade da Pedra para a Idade Média. Por outro lado as agência digitais e seus termos ultra super modernos ainda pertecem demais a um empresariado muito jovem e técnico. Técnicos tem dificuldade de comunicação tanto quanto publicitários tem dificuldades com números. Basta ver as maiores agências digitais do Brasil e também as pequenas que mais crescem. Estas são exemplos de diversidade de comando e de inteligência emocional. São agências que tem na sua fonte sócios empreendedores técnicos e sócios publicitários, administradores e marketeiros que manjam de negócios, de resultado e de comunicação.

Este é o modelo de agência digital campeão. Além de tecnologia comporta conteúdo, criatividade e capacidade de negócios. Mas tem que parar com esta mania que vem desde a bolha da internet. De achar que está reiventando a roda. Acreditem-me, estão fazendo igual a todos os publicitários mais incapazes que conheci. Se escondem atrás de termos de marketing modernos para valorizar sua área e o que cobram. Não precisa. O que se faz para o cliente hoje, no meio on line e no off line é a mesma coisa. Comunicação, muita comunicação. Que auxilia o marketing e a promoção. O que muda com a internet é a velocidade e o alcance geográfico, além da migração de processos e serviços como a compra on line por exemplo. Ou seja, a internet acelera os processos e o resultado. Mas isso não pode causar um deslumbramento tão grande a ponto de deixar as agências digitais tão longe dos mortais e as agências de propaganda tão longe dos vivos. Na minha opinião ambas fazem o mesmo, orientam o cliente numa comunicação que dá resultado. Deveriam ser uma só ou deveriam andar juntas. Deveriam ser uma única fatura. Não são. Obviamente que a especialização é uma evolução natural e não é errado se contratar uma agência de PP, uma de Marketing Direto, uma de de Searching Marketing e uma Digital. Mas a falta de conhecimento das possibilidades da web tranforma a conversa numa Babel moderna. Enquanto isso a ignorância de uma é a prosperidade da outra. O excesso técnico da outra sustenta a primeira. E não raro uma segue extamente a orientação da outra numa rotina diária e numa balança que pende em inteligência para as digitais e em dólares e comunicação para as de propaganda.

UFA!! Ainda bem que entre as duas (3 ou 4?) está o cliente dosando com bom senso os excessos e colhendo os resultados. Ou não?

Acho que esse texto é pra ser lido e lido várias vezes, por todos nós.

Abraços

Ricardo Fonseca

domingo, 30 de março de 2008

Crescer acreditando

Todo dia quando acordo e vou pra agência, tenho uma coisa muito clara na minha cabeça, quero que a Inovate seja uma das maiores empresas de propaganda do país. Parece megalomania ou mesmo arrogância, mas não posso lutar contra um sentimento que vem do coração, sempre pensei assim em tudo que fiz na vida, mesmo antes dos cabelos brancos que tenho hoje, e do proveitoso histórico de sucessos e fracassos.

Pensar é escolher como fazer. Tenho certeza absoluta que é um objetivo plenamente factível. Nesse exato momento, existem várias pessoas pensando a mesma coisa nas mais diversas áreas e inevitavelmente tanto eu quanto elas vamos precisar uns dos outros pra chegar lá.

É muito comum pensar que o talento e o trabalho são menos importantes que os relacionamentos, mas acredito que bons relacionamentos profissionais são construídos com talento e trabalho. Acredito que nenhum grande empresário entregaria a conta da sua empresa pra um incompetente só porque é seu amigo ou porque faz parte da família. Além disso, é bem verdade que apesar de tudo, temos sim um mercado muito competente e cheio de talentos o que torna o desafio mais divertido.

Hoje a Inovate é uma semente, carregada de DNA bom, pessoas comprometidas com o sucesso dos nossos clientes e certas de qual é o nosso papel, fazer propaganda de qualidade.

Eu e todos aqui somos, resultado do que já vivemos, das experiências que adquirimos ao longo de vários anos trabalhando e acreditando na essência da nossa profissão. Cientes do mundo em que vivemos e ávidos por novos desafios.

Só queremos como clientes empresas que pensem igual à gente, que acreditem no próprio trabalho, que sejam apaixonados pelo que fazem, que valorizem as pessoas e a inteligência, que apostem na criatividade e que acima de tudo queiram ser também o número 1.

Isso é INOVATE.

Abraço

Ricardo Fonseca

Futuridade

Hoje vivemos um tempo muito peculiar no mundo da comunicação. Tivemos, há alguns anos, uma explosão no que diz respeito ao número de agências de publicidade e profissionais de comunicação. Há bem pouco tempo, as profissões mais procuradas pela juventude podiam ser contadas nos dedos: medicina, engenharia, direito, enfim, todas as profissões que promoviam o status de “doutor”. Atualmente esse quadro mudou de forma significativa por vários motivos.

Primeiro: o aumento da competição entre as pessoas praticamente obriga a todos a ter um diploma superior, seja do que for.

Segundo: é infinitamente mais fácil se formar em publicidade ou comunicação em geral que em outros cursos.

Terceiro: o mundo “fantástico” e quase “fantasioso” da televisão e seus grandes anunciantes crivaram as profissões ligadas à comunicação com falsos brilhantes.

Quarto: em função de um mercado decadente e carente de princípios - e por que não escrúpulos? - existem possibilidades reais de incompetentes, bem relacionados, alcançarem o “sucesso”.

Quinta: os avanços tecnológicos facilitam a prática da “Comunicação” sem grandes exigências e, em muitos casos, sem sair de casa.

Sexta: viramos a primeira opção de quem não tem opção.

Sétima: hoje, em cada esquina, temos um “boteco” e uma “faculdade” e não sabemos ainda qual dos dois formam mais “profissionais”. Não existem critérios rígidos para qualificar instituições de ensino realmente prontas a capacitar profissionais éticos e habilitados a exercer a profissão.

Oitava: a velocidade das coisas nos obriga a viver sem planejamento, sem projeções, e os que se arriscam a tentar acabam atropelados. Verdadeiramente não sabemos o que pode acontecer amanhã.

Nona: olhe para trás, converse com seus avós, seus pais, leia sobre antigos pensadores e você perceberá que estamos “emburrecendo”, estamos perdendo todo o conhecimento adquirido no passado.

Décima: o imediatismo da vida e das coisas não nos permite pensar no mundo daqui a 20 anos, 50 anos, e imaginar que talvez, até lá, tenhamos conseguido exterminar uma raça que já agora está em extinção: os bons publicitários.

Poderia ficar aqui listando mais mil motivos pra esse nosso quadro atual e tenho certeza de que cada publicitário de verdade que esteja lendo este post vai se sentir motivado a mostrar sua cara, seu valor... e é isso que nós temos que fazer: lutar por separar os profissionais dos aventureiros, tentar elevar o nível do nosso dia-a-dia, da nossa luta diária e buscar o respeito e dignidade de uma profissão fundamental para o mundo que vivemos. E não deixar que o lixo da nossa profissão sufoque o brilho dos nossos artistas.

Parafraseando o Petit (DPZ): “os layouts não têm que ser modernos, as idéias sim!”


Um abraço

Ricardo Fonseca

quinta-feira, 27 de março de 2008

TV Você

Quando a televisão foi criada, poucas pessoas acreditavam no seu sucesso. Em menos de 50 anos, a TV se tornou o maior veículo de comunicação do mundo e sinônimo de grandes e milionárias empresas. Hoje estamos vivendo a chamada era da informação, em que esses grupos de comunicação que detêm o poder econômico ficaram ainda mais poderosos, servindo, de certa forma, como condutores da massa. Isso quer dizer, manipulando nossos gostos e opiniões.

Por isso mesmo, pouco interessa a eles que as pessoas tenham pensamento crítico. Quanto mais “massa” formos, mais fácil comandar e manipular. Vemos isso muito claramente quando somos obrigados a consumir muito “lixo cultural”, quase sempre com vida muito curta. No conceito capitalista “americano” no qual vivemos, a necessidade de consumo ultrapassa qualquer outro valor, seja ele cultural ou social.

É assim mesmo... aquele carro ou aquele tênis que você adorava, há 10 anos, é absolutamente ridículo hoje. E o pior é que até você mesmo acha, até que apareça alguém na televisão e diga que é legal outra vez. Isso é um fenômeno já natural. A indústria fabrica, e nós compramos. É claro que existem casos bem mais agressivos disso, como as guerras patrocinadas pela indústria bélica, a exemplo da guerra do Vietnã e a guerra Irã x Iraque.

Hoje a situação começou a mudar e, como a 50 anos atrás, poucas pessoas estão percebendo o tamanho da revolução que está se armando. Uma revolução libertária, que se manifesta a nível global e que não possui sede ou origem. Uma revolução que está dentro de cada um de nós. A Internet é hoje um espaço totalmente democrático e incontrolável, berço de ideologias que nunca teriam espaço.

Atualmente é possível imaginar que a coisa mais valiosa do mundo, que é a informação, está, de certa forma, disponível para quem quiser. Hoje uma banda é capaz de fazer sucesso mundial sem nunca ter um contrato ou mesmo pisado em uma gravadora. Hoje é possível dizer o que você quiser, da forma que você quiser, sem nenhum tipo de censura. E ainda é possível ser ouvido do outro lado do planeta. Hoje qualquer descoberta, seja ela útil ou não, pode ser difundida mundialmente em questão de segundos.

Em bem pouco tempo, estaremos vivendo uma época em que a qualidade da informação e as afinidades ideológicas é que unirão as pessoas. E, não, a limitação ou o autoritarismo econômico. O importante é que isso é uma revolução humana. Não apenas uma revolução tecnológica. O direito de ter o próprio gosto, a própria fé, os próprios valores é uma revolução libertária.

Essa realidade bate à nossa porta, ou melhor, arromba as portas da percepção.

Espero viver para ver cada pessoa do mundo com seu próprio canal de televisão... para que possamos assistir a quem a gente quiser...


P.S: Essa coluna também foi escrita em 2005.
O youtube anunciou recentemente que iniciará transmissões ao vivo. Alguém duvida?

Abraços

Ricardo Fonseca

terça-feira, 18 de março de 2008

Novos desafios

Cada novo cliente, um novo desafio. Por tanto, temos que comemorar e trabalhar bastante para justificar a confiança depositada em nossa equipe.

Últimas conquistas.

Óptica Centro Visão (Somos a agência deles)
Intermedium - (Varejo)
Usina Digital (Distribuidora de Filmes)
Serras da Desordem (site oficial do filme)
Construtora Artema (identidade visual)

E vem muito mais por ai. Em breve mais novidades.

Abraços

Ricardo Fonseca

Socorro, o professor sumiu - 03/2008

Escrevi essa coluna em Novembro de 2005, apesar de algumas nítidas melhorias, ainda acho que a educação seja um ponto fundamental para o nosso fortalecimento como nação e acredito que em face a outros setores temos avançado muito lentamente. Continuo acreditando que o nosso compromisso com as gerações futuras e com o futuro do nosso país passa por não nos acomodarmos.

Coluna na íntegra: Publicada em 18 de novembro de 2005

Uma discussão muito atual é a informatização das escolas e a utilização da Internet como ferramenta pedagógica. Muito bem, como a maioria das pessoas, eu também sou a favor e imagino que seria muito melhor que, em cada escola do Brasil, os alunos pudessem ter acesso à tecnologia e, principalmente, à rede mundial de computadores. Mesmo porque, se imaginarmos uma aula de geografia com o auxílio da Internet - ou mesmo uma aula de história, matemática, com a utilização de vários recursos multimídia -, estaríamos falando de uma gama muito maior de informações e, com certeza, uma maior participação por parte dos alunos.

Então eu me pergunto: por que não? Por que estamos tão atrasados? A primeira resposta que me vem à cabeça é a falta de recursos e de políticas públicas etc. Essas justificativas que a gente sempre dá para quase todas as coisas que, de certa forma, não andam bem. No entanto, como sempre me interessei pelo assunto, procurei saber um pouco mais sobre o que acontece na realidade.

Para minha surpresa, descobri uma coisa que, com certeza, vai “chocar” a maioria de vocês. Pasmem!!! O principal obstáculo para a implantação mais eficaz desse modelo de ensino vem dos próprios educadores!!! Isso mesmo!!! Os próprios professores e profissionais de educação, que não estão preparados para utilizar a tecnologia como ferramenta pedagógica!!! Cheguei a ver a entrevista de uma professora que dava aulas em uma escola-modelo. Lá, em cada carteira, havia um computador conectado à Internet, mas todos ficavam desligados durante toda a aula e só eram liberados nos intervalos.

A entrevistada dizia que ela, como educadora, não poderia usar tal ferramenta por total desconhecimento de como fazê-lo. Fiquei vendo aquela mulher e imaginando a minha mãe - que por sinal é pedagoga formada - dizendo pra mim: “eu não sei nem ligar esse trem de computador”. Ou mesmo meu pai, que, além de advogado, é administrador formado e utiliza o computador só pra jogar paciência... e, mesmo assim, perde a paciência. Ao ver isso, me deu a luz. Entendi o que isso queria dizer. Aposto que, naquela sala de aula com cerca de 50 alunos, a pessoa menos indicada para ser a professora estava lá, em pé, diante daquelas 50 cabeças ávidas por informação e trazendo com elas a realidade de um mundo com celular, Internet, satélites etc.

Imagino que essa professora não ligou os computadores com medo de acabar “tomando uma aula” de seus próprios alunos ou mesmo ser questionada por algum intrépido aluno: “professora, você tem Orkut?” Imaginei também todos os meus antigos professores, imaginei cada professor desse país olhando para aquela caixa “do diabo” e pensando que aquilo ensinava mais que ele e que aceitar aquilo seria decretar o fim da sua existência.
Por isso, hoje, mudei a minha tática. Acho que não podemos esquecer disso, antes de pensar em encher nossas escolas de computadores. Precisamos encher de professores capacitados, de gente preparada para usar essa ferramenta. Não tenho dúvidas de que isso é o futuro. Mas o mundo mudou muito e é até capaz que a gente ainda veja uma sala de aula com 50 professoras e um “menino” de “mouse” na mão ensinando o doublé-click.


Abraços

Ricardo Fonseca

Inovadores


Pela Ordem, Ricardo Fonseca, Rodrigo Hiram, Diana Serpa, Bruno Gressi.

Cada um tem uma história interressante pra contar, cada um percorreu um caminho diferente, mas a confiança, as afinidades, o destino e principalmente a mesma forma de pensar o futuro, nos uniu nessa missão de sermos a cada dia pessoas melhores e através do nosso trabalho transformar o mundo em um lugar melhor pra se viver.

Acreditamos na eterna capacidade humana de ser surpreendente.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Blog INOVATE

Prezados amigos, estou inaugurando hoje o que se pretende ser o blog da Inovate. Um espaço, virtual e virtuoso dedicado à reflexão e ao desafio. A idéia é compartilhar com todos as nossas idéias e as nossas experiências interpretativas diante dos fatos.

Sem regras, sem temas, sem censura... um “parlatório” para o deleite da comunicação.


Abraços

Ricardo Fonseca

2008 é o presente do passado 2007.

Bem, pra imaginar 2008 temos que olhar de lupa pra 2007.
Um ano que, como todos os outros, foi único e inesquecível.

O ano das fusões, das “engulições”, das ações, dos chineses, do Pan do Rio e não do Brasil, do Ricardo Eletro, da Vale do Rio Doce, que agora é Vale e cada vez mais vale, da Petrobrás, da Venezuela, do Paquistão, do Corinthians, do Kaká, do gás boliviano, do 1 bilhão no e-commerce de Natal no Brasil, do Lula, do Calheiros, da TV digital, do i-fone, do Playstation 3, do Homem Aranha 3, do Capitão Nascimento, do leite com soda cáustica, da TAM, da Infraero, do relaxa e goza, da CPMF, do aquecimento global, da célula-tronco, da Copa de 2014, do Bernardinho, dos terroristas, dos serial killers, do milionário aleijado assassinado (Renne Senna), do show do Saddan, do chavismo, do bushismo, do João Hélio, do Scorsese, do Sarkozy, dentre outro milhares de fatos que nem eu nem você lembramos mais. E se alguém disser que sabe o que vai acontecer em 2008… só me resta dizer… porque no te callas?

2008 está a 200 km/h. Passou muito rápido e já estamos em março, às portas do nosso processo eleitoral. Vamos ver o que vem por aí. Seja o que for, estaremos enfrentando todos os desafios com paixão e irreverência, afinal de contas fazer igual é muito chato.


Abraços

Ricardo Fonseca

Bom e novo Marketing

Estou lendo um livro muito bacana. Normalmente esse tipo de frase vem seguido de uma indicação careta, mas, neste caso não. Apenas acho que, em meio às muitas porcarias que são escritas, esse livro pode ser considerado um oásis. Estou vendo muito se falar sobre as transformações do mercado e das coisas, mas realmente acho que pouca gente tem a visão do que está acontecendo. Como todas as revoluções passadas, estamos falando de uma mudança humana, de comportamento, de idéias, de carências e, principalmente, uma resposta clara à nossa incapacidade de prever o futuro. Todas as mudanças de comportamento que naturalmente atribuímos às tecnologias estão mais ligadas aos nossos próprios medos e inseguranças.

Hoje vemos uma transferência de credibilidade. As pessoas não acreditam como antes nos grandes veículos de comunicação. Depois de tantas decepções, as pessoas estão buscando fontes mais confiáveis de conteúdo. Pensem comigo, eu vejo uma propaganda linda na TV ou no jornal, feita com toda técnica para me encantar, eu me convenço de que não posso viver sem aquele produto. Na primeira oportunidade que tenho, satisfaço meu desejo de forma emocional e compro. Pronto, a partir desse momento, começo a ver que fui enganado, não fiquei mais bonito, não fiquei mais rico, não me deu o prazer que esperava, as pessoas me olham da mesma forma. Resultado: começo a me sentir cada vez mais otário diante de propagandas que vendem e não entregam.

Esse é um quadro tenebroso, mas muito real abordado também com brilhantismo nesse livro que estou lendo... No entanto, o mais importante a se dizer é o que está acontecendo por trás disso tudo, uma mudança fundamental na forma com que buscamos informações mais confiáveis sobre produtos e sobre as marcas. O que percebo é que esse momento de “pseudolucidez” está criando uma outra indústria paralela. Como se estivéssemos voltando no tempo quando comprávamos tudo na base da indicação ou do relacionamento com o dono da “venda” ou do “açougue”. Baseamos tudo na confiança e, por mais que a tecnologia se desenvolva, vamos sempre confiar mais em pessoas, em amigos, em familiares, vizinhos etc...

Pois bem, não é por acaso que hoje os “blogs”, as redes sociais e as estratégias “boca a boca” (buzz marketing para os mais descolados) estão ditando o ritmo de consumo e o futuro das marcas. O que mais se fala hoje é sobre as novas formas de marketing que se alicerçam na transferência dessa credibilidade, isto é, se um amigo seu falou bem de uma marca ou comprou um carro X, isso é bem mais impactante que os “maravilhosos” comerciais de TV ou sucessivas placas de outdoor que cercam os seus caminhos. Claro que é indiscutível que as mídias de massa ainda exercem uma forte influência sobre as pessoas - e até acho que vão sempre exercer -, mas é nítido que esse modelo está em franca decadência e terão que se adaptar a esse consumidor mais crítico e criterioso.

O nosso mercado publicitário, formado, em sua maioria, por pessoas despreparadas e totalmente alienadas ao que acontece à sua volta, aos trancos e barrancos vai se modelando e, com raras, porém, deslumbrantes exceções, ressurgindo para essa nova realidade. O que me deixa confiante é que o mundo sempre foi assim, repleto de mudanças e revoluções humanas, e que, naturalmente, só sobreviverão os mais adaptáveis. Tenho certeza de que muitos capítulos ainda virão e que o marketing - que é direto, que é promocional, que é institucional, que é social, ambiental, viral, de guerrilha, de relacionamento etc - sempre será o bom e novo MARKETING.

Querem saber que livro eu estou lendo? Perguntem ao “Tunico”. Foi um presente dele que eu adorei!


Abraços

Ricardo Fonseca